XVIII - FESTA DO CAVALO

Por Danilo Gomes

I
Buenas, chê, vai apeando,
Puxa o cepo e senta a lo largo
Que eu vou le contar, sem embargo,
- Assim, no primeiro pealo,
O que tenho na memória
Da nossa Festa do Cavalo.
II
Era no mês de junho,
Com a chuva a despencar
No Paraíso dos Pôneis,
Lá p'ras bandas de Gaspar,
Com três noites e dias molhados
O gaúcho a desafiar.
III
Mas a chuva não foi empecilho
P'ro entusiasmo da gauchada
Que, vinda de todos os pagos,
Enfrentou "miles" de estrada
E veio dar com os costados
Na festa programada.
IV
Assim se fez o sucesso
Já no primeiro momento!
A festa causava encanto,
Abaixo da chuva e do vento,
Vivida em todo o seu tempo
Num potreiro lamacento.
V
Nascida sob a figueira
Entre o fórum e a prefeitura,
No embalo do chimarrão,
Era bem mais que aventura
Que trazia de quebra, no lombo,
O CTG Fogo de Chão.
VI
Vitor, Ingo e o Sérgio, Tito, Amaral e Olavo,
- Tão simples como quem brincava
Idearam essa macanuda
Que, de sucesso em sucesso,
Chega à Décima Oitava.
VII
Por isso neste momento
Em que a gauchada se ouriça,
Buscando razão na justiça
E a sensibilidade, aguçando,
Parabenizo essa indiada
Que continua lutando
E, com o entusiasmo de então,
Acende a chama crioula
Que embala a tradição.
Blumenau, 07 de abril de 2000

 

 

Festa do Cavalo

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